Peixe Ósseo: Sistema Respiratório:
Aqui será possível compreender as características anatômicas, morfológicas e fisiológicas do sistema respiratório de um peixe ósseo da classe Actinopterygi (classe essa, que inclui as 3 espécies de peixes abordadas pelo Site Interativo Three Fish). O conteúdo teórico será complementado com conteúdo visual (imagens ilustrativas e vídeo audiovisual explicativo) autoral do Site Interativo Three Fish.
SISTEMA RESPIRATÓRIO: Nos actinopterígios, a pele possuí funcionalidade muito importante na função respiratória das larvas. No entanto, o principal órgão responsável pela respiração são as brânquias (ou guelras).
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Brânquias: São estruturas lisas, lamelares e pares, localizadas dentro da cavidade branquial (ao lado da faringe), especializadas na respiração, ou seja, são capazes de realizar trocas gasosas entre o sangue e o meio aquático por meio do processo de difusão, pois nelas apresentam ramificações de uma extensa rede de capilares sanguíneos protegida por uma delgada membrana de coloração vermelha.
Normalmente são 4 pares, sendo formadas por projeções corporais dos peixes. Estão organizadas em estruturas denominadas arcos branquiais. Externamente são cobertas por um opérculo ósseo, e sua coloração, em condições adequadas, é vermelha brilhante. Logo abaixo podemos observar a imagem da brânquia de um exemplar de Carpa-Cabeçuda que foi dissecado pela equipe do Site Interativo Three Fish.
FONTE: Site Interativo Three Fish (2018).
PROCESSO DE RESPIRAÇÃO: Durante o processo de respiração, o opérculo se fecha e o peixe aspira água pela boca, fazendo com que ela percorra as regiões das brânquias e logo após, o opérculo se abre novamente permitindo que a água saia pela sua lateral (isso ocorre em um fluxo constante). Nos peixes ósseos, o processo de respiração está intimamente ligado a circulação sanguínea, ou seja, o fluxo de água é oposto a direção do fluxo de sangue circulante na região das brânquias, especificamente nos filamentos branquiais.
Nessa região, o sangue vindo do coração (sangue venoso) está com alta concentração de dióxido de carbono, e essa concentração se acumula nesse local. Pelo processo de difusão, o gás carbônico passa do meio de maior concentração (peixe) para o de menor concentração (água) pelo epitélio branquial. O contrário acontece com o oxigênio presente na água, ou seja, passa do local de maior concentração de oxigênio no ambiente aquático (a água) para o de menor concentração (interior do corpo do peixe). Logo abaixo está presente um vídeo audio-visual desenvolvido pelo Site Interativo Three Fish, sobre o processo de respiração branquial.
FONTE: Site Interativo Three Fish (2018).
FONTE: Site Interativo Three Fish (2018).
FONTE: SILVA, G. F. et al. Tilápia-do-Nilo.
BEXIGA NATATÓRIA: Também chamada de vesícula gasosa, pode apresentar grande importância na maioria dos peixes ósseos da classe Actinopterygi, possuindo função hidrostática. Dessa forma, os peixes controlam a quantidade de gases (por exemplo, gás carbônico) no interior da bexiga natatória, proporcionando ao peixe que ele consiga se manter em determinada profundidade em uma coluna de água, ou até mesmo se movimentar (para cima ou para baixo) em diferentes profundidades, ou seja, o peixe melhora sua capacidade de locomoção. Além disso, a bexiga natatória também tem outras funções, como por exemplo: emissão e amplificação de sons e servir de auxílio complementar a respiração.
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Características: Normalmente, se apresenta em número ímpar no peixe, sendo alongada e com diversos formatos, estando localizada dorsalmente no corpo. Embrionariamente, a bexiga natatória tem sua origem a partir da parede dorsal da faringe (ou esôfago), podendo se manter ligada (ou não) através de um ducto pneumático. Caso ela se mantenha ligada, os peixes são denominados fisóstomos (ou seja, esses peixes podem utilizar o ar atmosférico para auxiliar nas trocas gasosas). Já os peixes que não apresentam essa comunicação são denominados fisoclistos (esses peixes possuem o poder hidrostático mais desenvolvido). Anteriormente a bexiga natatória, existe uma região denominada de corpo vermelho (composta por vasos sanguíneos de pequeno calibre que formam capilares sanguíneos denominada rete mirabile, que por sua vez está associada a um conjunto de células denominadas glândula de gás). Logo abaixo podemos observar a bexiga natatória da Carpa-Cabeçuda.
Dessa forma, quando o peixe vai para o fundo ocorre o aumento da pressão fazendo com que a bexiga natatória se comprima, mas o peixe consegue controlar a quantidade de gás que entra dentro dela devido aos capilares sanguíneos presentes no interior da mesma. Internamente é encontrado nitrogênio e gás carbônico, sendo que quando o oxigênio entra na bexiga natatória (através da glândula de gás), a rete mirabile atua impedindo que ele escape. No entanto, a saída dos gases do interior da bexiga natatória ocorre através do corpo oval (localizado na porção posterior dela).