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Carpa-Cabeçuda: Nutrição e Alimentação

     Considerando que existe uma variedade espécies de carpas para cultivo, os estudos efetivos da área nutricional são realizados, em sua maioria, com a Carpa Comum. Dessa forma, aqui será possível compreender de forma sucinta e explicativa a nutrição e alimentação da Carpa-Cabeçuda  (Hypophthalmichthys nobiIis), utilizando como base valores de referência da Carpa Comum. Além disso, será disponibilizado links externos de publicações científicas complementares  sobre o assunto.

 EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS E ALIMENTAÇÃO:  As carpas“mastigam” os alimentos que ingerem usando 

um conjunto de dentes faríngeos interdigitados, localizados logo antes do esôfago. Os alimentos ingeridos geralmente são pequenas partículas em um fluxo relativamente constante. A capacidade da Carpa-Cabeçuda adquirir alimentos é substancialmente influenciada pelos filamentos branquiais (estruturas ao longo do arco branquial) que tem comprimentos específicos em cada espécie, formas e espaçamento para otimizar a retenção de partículas. 

         Os ciprinídeos  podem ser classificados de acordo com o nicho que ocupam na coluna d’água:

  • Os que se alimentam na superfície e consomem plâncton, como Carpa-Cabeçuda;

  • Os que se alimentam em profundidade de água média, como Carpa-Capim;

  • Os que se alimentam no fundo, como Carpa-Preta. 

   Os hábitos alimentares dos ciprinídeos jovens e adultos diferem acentuadamente. Peixes adultos frequentemente se alimentam de presas consideravelmente menores do que a abertura máxima de sua boca. Na carpa, o diâmetro da cavidade mastigatória limita a utilização de itens duros, mesmo que eles passem facilmente a abertura oral. Em peixes jovens e pequenos, o tamanho da abertura bucal limita o tamanho máximo da presa durante o forrageamento. Em comparação com o comprimento do corpo, a abertura bucal em peixes jovens ainda é relativamente grande, pois geralmente, aumenta rapidamente durante o crescimento.

  • Fases iniciais: Além da preparação dos tanques com fertilização, pode ser utilizado gema de ovo, ou dietas contendo elevado nível de proteína (acima de 35%). A dieta deve ser fornecida na proporção de 10 a 15% da biomassa de peixe no tanque, sendo parcelada de 3 a 5 vezes ao dia, até que os peixes atinjam de 5 a 10 centímetros.

  • Fases de crescimento e terminação: Nesta fase, de modo geral as carpas devem receber dietas que podem ser granuladas, peletizadas ou extrusadas (isso vai depender do produtor), mas com níveis proteicos entre 25 e 30%. Dependendo do nível de produção da propriedade, a ração pode ser fornecida à vontade, ou seguindo as recomendações da tabela 1.  Como já mencionado, os estudos referentes a necessidades nutricionais são mais recorrentes com a Carpa-Comum, e na tabela 2 contém os requerimentos nutricionais para a espécie, que podem ser utilizados para outras (como a Carpa-Cabeçuda), podendo ser feitas alterações conforme a espécie.

TABELA 1: Porcentagem de ração a ser fornecida em função do peso vivo. (FONTE: MOREIRA, H. L. et al. Fundamentos da Moderna Aquicultura. 1.ed.)

TABELA 2: Requerimentos nutricionais para o cultivo de Cyprinus carpio. (FONTE: MOREIRA, H. L. et al. Fundamentos da Moderna Aquicultura. 1.ed.)

Abaixo estão listados três links externos de publicações científicas complementares sobre o assunto. Para acessá-los, basta clicar neles e você será direcionado para o arquivo original.

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