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Tilápia-do-Nilo: Reprodução

     Aqui será possível compreender características reprodutivas da Tilápia-do-Nilo (Oreochromis niloticus). O conteúdo será alternado entre informações teóricas e imagens ilustrativas, além de links de publicações científicas complementares sobre o assunto.

ASPECTOS GERAIS: As fases de formação e desenvolvimento da tilápia são divididas em: ovo, larva, pós-

larva, alevino, juvenil, matriz ou reprodutor. A Tilápia-do-Nilo atinge sua maturidade sexual por volta do quarto ao quinto mês de vida. Com relação à desova, esta poderá ocorrer de 8 a 12 vezes por ano, se os peixes estiverem bem nutridos e saudáveis, vivendo em um ambiente favorável à procriação. As tilápias são ovulíparas, ou seja, realizam fecundação e desenvolvimento externo, realizando a desova quando a temperatura da água fica acima dos 24°C.

        Em viveiros, os machos realizam depressões com a boca no fundo do tanque, e após a construção do ninho (esses ninhos com cerca de 20 a 50 centímetros de diâmetro), os machos executam a chamada “corte”, atraindo as fêmeas para que depositem os ovos. Depois de uma movimentação do casal, a fêmea libera os ovos no ninho e simultaneamente o macho os fertiliza.
    Como a Tilápia-do-Nilo apresenta cuidado parental, ou seja, protege a prole (na boca), o índice de sobrevivência da espécie é bastante elevado. Essa proteção serve para incubação, eclosão e proteção das larvas. A incubação dura em torno de aproximadamente 10 a 15 dias. As larvas eclodem e permanecem na boca até o saco vitelínico ser totalmente absorvido, e para conseguirem receber a quantidade adequada de oxigênio.

       Após a absorção do saco vitelínico, as pós-larvas saem periodicamente da boca da fêmea, retornando em situações de perigo. As fêmeas depositam em média de 800 a 2000 ovos por desova.

MÉTODOS PARA PROGÊNIES EXCLUSIVAS DE MACHOS: As fêmeas da Tilápia-do-Nilo atingem a maturi-

ridade sexual muito precocemente, diferente dos machos. Comparativamente, os níveis de produção de fêmeas são inferiores aos dos machos, pois as fêmeas direcionam a sua energia recebida pela alimentação, prioritariamente para suportar a produção dos ovos, o que possibilita que ela atinja peso comercial tardio, diferentemente dos machos. Além disso, o cultivo de tilápias fêmeas e machos podem causar problemas, como superpopulação. Dessa forma, o interesse comercial no cultivo de tilápias do sexo masculino é priorizado. Sendo assim, existem métodos que são utilizados para gerar progênies exclusivas de machos, e eles serão relatados logo abaixo.

  1. Método de Seleção Visual: É um método que como o próprio nome diz, seleciona visualmente machos e fêmeas, apresentando nível de segurança satisfatório desde que os profissionais responsáveis tenham prática para observar as papilas genitais. No entanto, possuí desvantagens relacionadas a baixa produtividade para selecionar machos, e possuir alto custo de mão-de-obra (para os peixes serem sexados, necessitam atingir pelo menos 8 centímetros de comprimento).

  2. Método de hibridização: É um método que consiste em hibridização com outras espécies, gerando uma progênie com 100% machos. No entanto, é muito difícil atingir 100% de machos com a técnica devido a fatores relacionadas a linhas parentais que não são totalmente puras. 

  3. Método de Reversão Sexual: Atualmente é uma técnica que possuí grande eficiência, consistindo basicamente na reversão sexual das larvas (progênies de aproximadamente 3 a 4 semanas de vida) utilizando rações com hormônios masculinizantes. Essa ração deve apresentar características como por exemplo: granulometria de 0,4 a 0,6 milímetros; alta palatabilidade; possuir de 24 a 45% de proteína, sendo que metade dela deve ser de origem animal. Após a preparação da ração, é incluído hormônio androgênico.

  4. Método de Produção de Super-Machos: É uma técnica que embora pareça promissora, não possuí resultados satisfatórios. Consiste em uma série de cruzamentos seguidos de reversão sexual (tanto para machos, quanto para fêmeas de linhagens parentais), onde o objetivo é acasalar machos e fêmeas que são genotipicamente machos, mas que fenotipicamente são machos e fêmeas. No entanto, a dificuldade do macho é identificar os peixes que possuem essa característica. 

Abaixo estão listados links externos de publicações científicas complementares sobre o assunto. Para acessá-los, basta clicar neles e você será direcionado para o arquivo original.

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