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Peixe Ósseo: Sistema Esquelético:

     Aqui será possível compreender as características anatômicas e morfológicas do sistema esquelético de um peixe ósseo. O conteúdo teórico será complementado com imagens ilustrativas autorais do Site Interativo Three Fish de um exemplar de Carpa-Cabeçuda (Hypophthalmichthys nobilis), e fotografias autorais de um exemplar de Carpa-Capim (Ctenopharyngodon idella) fornecidas pelo mestrando em Zootecnia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Vitor Gomes Rossi.

      O sistema esquelético é  responsável pela sustentação do corpo do peixe (músculos e demais partes), além de outras funções relacionadas a proteção dos órgãos internos, e junto do sistema muscular, dar forma ao corpo do peixe. Sendo assim, ele é dividido em: 

​           ESQUELETO AXIAL: O esqueleto axial é composto por ossos do crânio e ossos da coluna vertebral. O crânio é uma estrutura rígida que possuí como funções principais a proteção e armazenamento do encéfalo e órgãos sensoriais, estando localizado anteriormente a coluna vertebral.

      Dependendo da origem embrionária do peixe, o crânio pode ser dividido em duas regiões: (1) Neurocrânio, sendo formado pela osteogênese endocondral, ou seja, a origem dos ossos foi a partir de uma cartilagem embrionária, sendo que essa região tem como função principal a proteção do cérebro e de cápsulas neurais (auditiva, óptica e olfatória); (2) Dermatocrânio, sendo formado por ossos que possuem origem dérmica (por exemplo, Osso Maxilar, Osso Palatino e etc). O Neurocrânio e o Dermatocrânio formam o Condrocrânio, sendo esse, formado na maioria das vezes, por pequenos ossos.

      De modo geral, o crânio possuí: 2 ossos frontais, 2 ossos pré-frontais, 2 ossos pós-frontais, 2 ossos supratemporais, 1 osso suboccipital e 1 osso infra-occipital. Na região da boca é encontrado um Osso Maxilar (Maxila) e um Osso Mandibular (Mandíbula), que possuem movimento vertical. Interno a boca, ainda existem o Osso Vômer e o Osso Palatino. Na região apendicular está localizada a face, que por sua vez, possuí ossos móveis que auxiliam na função respiratória do peixe, sendo localizados em ambos os lados (direito e esquerdo).

      Já a coluna vertebral é composta por um conjunto de vértebras anficélicas (ou seja, côncavas em ambos os lados) com números e formas variadas, sendo a principal estrutura de apoio para os músculos que o peixe utiliza para nadar. São divididas em vértebras do corpo (com processos transversos abertos para o encaixe das costelas), e vértebras da cauda (onde os processos transversos são unidos, formando um canal ou arco, por onde a artérias posteriores passam). Logo abaixo podemos observar a ilustração das vértebras de um peixe ósseo.

      Além disso, as vértebras possuem estruturalmente arcos dorsais e ventrais, um corpo ósseo e um espinho neural dorsalmente ao corpo da vértebra. Nas vértebras caudais, ventralmente ao corpo da vértebra é encontrado um Espinho Hemal. Em alguns peixes ósseos, o esqueleto axial também é composto por ossos intermusculares, localizados entre os feixes musculares (mioseptos), que favorecem o aumento da sustentação corporal do peixe. Logo abaixo, podemos observar a fotografia de um exemplar de Carpa-Capim, com as estruturas do esqueleto axial.​

FONTE: ROSSI, V. G. - Dissecação do Sistema Esquelético de Carpa-Capim (Ctenopharyngodon idella).

         ESQUELETO APENDICULAR: O esqueleto apendicular dos peixes ósseos é composto pelas cinturas (peitoral e pélvica) e pelas nadadeiras (peitorais, pélvicas, dorsal, caudal e anal). De modo geral, as nadadeiras são órgãos com multifunções, tais como: propulsão; estabilização; direção. As nadadeiras são constituídas por uma prega dérmica que é sustentada por um conjunto de raios. Os raios podem ser simples e duros (espinhosos), ou ramificados e moles. No entanto, em algumas espécies (como o Bagre Americano), existe a presença de uma nadadeira que não apresenta raios: a nadadeira adiposa. Logo abaixo, podemos observar a fotografia de um exemplar de Carpa-Capim, com as estruturas do esqueleto apendicular.​

FONTE: ROSSI, V. G. - Dissecação do Sistema Esquelético de Carpa-Capim (Ctenopharyngodon idella).

              ESQUELETO VISCERAL: O esqueleto visceral dos peixes ósseos possuí relação com os tubos internos de seu corpo (principalmente nas regiões da faringe e o tubo digestivo), sendo formado por diversos arcos que podem ser cartilaginosos ou ósseos, localizados entre as aberturas branquiais, fornecendo suporte e movimento do aparelho branquial. 

    De modo geral, ocorrem quatro arcos branquiais funcionais que servem de suporte para os filamentos branquiais posteriormente. Na região anterior do arco branquial ocorrem os rastros branquiais, sendo que os do primeiro arco são mais desenvolvidos e servem para seleção dos alimentos que passam pela faringe. Externamente, são encontrados os osso operculares que recobrem os arcos branquiais, podendo ser subdividido em opérculo, sub-opérculo, inter-opérculo e pré-opérculo. Além disso, os ossos que sustentam a língua também fazem parte do esqueleto visceral. Logo abaixo, podemos observar fotografias de um exemplar de Carpa-Cabeçuda.

FONTE: Site Interativo Three Fish (2018).

FONTE: Site Interativo Three Fish (2018).

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